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Agronegócio

Entenda a diferença dos cafés robustas amazônicos naturais e fermentados

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Café robusta amazônico — Foto: Renata Silva/Embrapa Rondônia

Quatro, dos sete cafés classificados nas finais do prêmio ‘Coffee of the Year’ 2021, na Semana Internacional do Café (SIC), são de Rondônia e brigam pelo pódio na categoria Canéfora de Fermentação Induzida. Mas, você sabe a diferença dos cafés canéforas naturais para os fermentados?

A equipe da Rede Amazônica conversou com a engenheira agrônoma, cafeicultora e finalista na premiação, Poliana Perrut, que explicou a diferença dos produtos.

“Todos os cafés passam por um processo de fermentação assim que nós colhemos e retiramos do pé. Quando nós dizemos “café fermentado”, é que ele passou por um processo a mais de fermentação e que a gente induziu essa fermentação“, disse.

A fermentação acontece quando, microorganismos consomem os açúcares do café. Segundo especialistas, o aroma e o sabor do produto pode mudar, de acordo com o tipo de processo utilizado.
Café sendo colocado dentro de galão para ser fermentado em Rondônia — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Café sendo colocado dentro de galão para ser fermentado em Rondônia — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

De acordo com a Poliana, a fermentação acontece quando os grãos são colocados em galões na ausência de oxigênio.

“A fermentação que nós mais utilizamos para os robustas amazônicos é a fermentação na ausência de oxigênio. Nesse processo, nós colocamos [os grãos] dentro de galões e a gente faz a vedação desse galão e o grão fica ali, por alguns dias, na ausência de oxigênio”, explicou.

Robustas Amazônicos

Infográfico Café Matas de Rondônia — Foto: IG Matas de Rondônia

Infográfico Café Matas de Rondônia — Foto: IG Matas de Rondônia

Os robustas amazônicos são resultado do cruzamento dos cafés Conilon e Robusta especialmente selecionados.

O relatório do Exame de Mérito realizado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) descreve o perfil sensorial do café como: doce, chocolate, amadeirado, frutado, especiaria, raiz e herbal, além disso, destaca o perfil como: “Uma nova ótica sensorial com paleta específica e característica dos cafés canéfora”.

Por fim, o documento conclui que “o café robustas amazônicos apresenta alto grau de adaptabilidade às condições da região das Matas de Rondônia, resultando em características diferenciadas do produto local quando comparadas às demais regiões produtoras”.

Rondônia no topo

Em 2020, Rondônia ficou em 1º lugar na premiação com o café produzido pela cafeicultora Ediana Capich, de Novo Horizonte do Oeste (RO). Na ocasião, Ediana garantiu a classificação com um canéfora de fermentação induzida.

Ediana Capich, de Rondônia, vence concurso nacional de café.  — Foto: Arquivo pessoal

Ediana Capich, de Rondônia, vence concurso nacional de café. — Foto: Arquivo pessoal

Fonte: G1/Ro


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