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Agronegócio

Arroba despenca, mas frigorífico lucra alto; veja!

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Confinamento e Boitel VFL BRASIL. Foto: Marcella Pereira

As indústrias apostam na carne cara para continuar a garantir lucro alto. Com China ausente do mercado, valor da arroba do boi ainda sente pressão, causando prejuízo ao pecuaristas.

O mercado físico de boi gordo registrou preços pouco alterados nesta segunda-feira, como esperado para uma segunda-feira e a véspera do feriado de 12 de outubro. Os poucos frigoríficos que foram as compras atuaram com a oferta e indicação de preços em patamares mais baixos. Com China ausente do mercado, valor da arroba do boi ainda sente pressão e deve alcançar o pior patamar dos últimos meses!

Com ausência da principal destino da carne brasileira no exterior, as indústrias seguem tentando remanejar suas escalas, além de garantir a pressão de queda nos preços da matéria-prima. O que mais chama atenção é a disparidade entre o recuo preços da arroba e a manutenção dos preços da carne em patamares elevados no mercado interno.

Com a ausência de retomada das exportações ao mercado chinês e maior volume de gado confinado ofertado, o mercado do boi gordo está pressionado. Considerando as 32 praças pecuárias monitoradas pela Scot Consultoria, a cotação do boi gordo recuou 3,9% do início do mês até 11/10. Destaque para o Triângulo Mineiro (-8,5%), Goiânia (-7,3%) e região Sul de Goiás (-8,3%).

Apesar do intenso ritmo das exportações brasileiras no último mês e da baixa oferta de animais para abate, os preços internos da arroba estão em movimento de queda. A queda dos preços, apenas na primeira semana de outubro, acumula uma queda de quase 7%. Os preços saltaram de R$ 286,55 para o valor de R$ 271,25/@ no fechamento dessa sexta-feira.

Segundo os dados divulgados pelo GPB Datagro/Balizador, as mínimas em São Paulo chegou a R$ 265,00/@, com uma média de R$ 277,43/@. Já em outas regiões, como no Centro-Oeste, já ocorrem negociações próximas a R$ 250,00/@, refletindo o desgaste do mercado neste momento de incertezas no consumo interno e externo.

No caso dos frigoríficos que trabalham apenas com o mercado doméstico, o recuo nas compras se deve às fracas vendas de carne nos atacados brasileiros, devido ao fragilizado poder de compra da maior parte da população. Já quanto às unidades exportadoras, compradores evitam alongar as escalas de abate, diante da ainda manutenção da suspensão dos envios de carne bovina à China.

Embarques de carne bovina na segunda semana de outubro já começam a ser impactados com a ausência da China

Nesta segunda-feira (11), a Secretária Comércio Exterior (Camex) reportou que o volume embarcado de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada atingiu 30,4  mil toneladas nos primeiros seis dias úteis de outubro/21. No mesmo período do ano passado, o volume total exportado em outubro foi de 162,6 mil toneladas em 20 dias úteis.

A média diária exportada de carne bovina ficou em 5,07 mil toneladas na segunda semana de outubro, isso representa uma queda de 37,65% frente a média do total exportado no mesmo período do ano passado, que ficou em 8,13 mil toneladas.

Segundo a Radar Investimentos, se o ritmo dos embarques for mantido até o final deste mês, o volume consolidado seria ao redor de 94,3 mil toneladas, aproximadamente 50% e 40% abaixo nas comparações mensal e anual. “Vale a pena reforçar que ainda há boa parte do mês a ser contabilizado, o que deve alterar estas estimativas abaixo”, ressaltou.

por CompreRural


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