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Meio Ambiente

Começou a maior operação de reflorestamento de áreas degradas em Rondônia

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Mais de 1.060 hectares serão restaurados em 615 propriedades em mais de 20 municípios do Estado como forma de apoiar a implementação do Código Florestal

Produção de mudas no Viveiro do Centro de Estudos Rioterra no município de Itapuã do Oeste

O período ideal para o plantio de diversas espécies nativas e agrícolas na região Norte, que vai de novembro a março, está chegando, e o Centro de Estudos Rioterra já deu início a uma das maiores operações de recuperação de áreas degradadas e/ou alteradas do Brasil.

No quarto ano de implementação do projeto Plantar Rondônia, serão recuperados mais de 1.060 hectares de áreas de reserva legal e preservação permanente em 615 propriedades da agricultura familiar em mais de 20  municípios do Estado.

As áreas serão reflorestadas, principalmente, através de sistemas agroflorestais (SAFs). Neles, espécies florestais e agrícolas são plantadas em arranjos que permitem a geração de renda diversificada aos produtores rurais, promovendo desenvolvimento econômico e social dos moradores da região de forma ambientalmente sustentável, regenerativa para o solo e de acordo com a legislação ambiental brasileira.

Os produtores da agricultura familiar que aderiram este ano ao projeto já começaram a receber os primeiros insumos gratuitamente. Os materiais de isolamento das áreas que serão reflorestadas, como madeira, estacas e arame para construção das cercas já estão sendo entregues. Em breve, os produtores receberão calcário e adubo para correção do solo e por último, na fase de plantio, serão entregues mais de 1 milhão de mudas no total.

A produtora rural Marilene dos Santos, de Itapuã do Oeste, é uma das beneficiárias que pela primeira vez está participando do projeto. O sonho de ter uma lavoura de café foi o que motivou sua adesão e, ao saber de outros benefícios que ainda poderia ter, como a regularização ambiental da propriedade para acessar financiamentos, ficou ainda mais animada.

“Eu sempre quis plantar café, mas não tinha nenhum conhecimento e também faltava recurso financeiro, pois somos apenas eu e meu marido para trabalhar no sítio e não temos renda fixa. Com todo o apoio que vamos receber, vou ter meus pés de café misturados a várias outras espécies para possibilitar o reflorestamento da área e já vemos a possibilidade de ter uma renda mais certa e planejada”, vislumbra Marilene que já está com novos sonhos: “além da possibilidade de ter uma renda mais segura lá na frente, com a propriedade regularizada ambientalmente teremos a possibilidade de acessar financiamentos e expandir ainda mais a produção”, complementa.

Ao tempo em que  possibilita melhorias na qualidade de vida e geração de renda dos beneficiários, o modelo de restauração florestal implementado pelo CES Rioterra torna possível a formação de corredores ecológicos que possibilitam a dispersão de sementes e a regeneração natural de áreas nas regiões trabalhadas  e também contribui para a mitigação das mudanças climáticas, ao fixar gases de efeito estufa nos  solos e na vegetação das áreas reflorestadas. 

Entrega de estacas para construção de cercas nas áreas que serão reflorestadas em uma das 615 propriedades atendidas este ano pelo Plantar Rondônia

O Plantar Rondônia, projeto pioneiro no Brasil para implementação do Programa de Regularização Ambiental de propriedades rurais da agricultura familiar na Amazônia, é realizado pelo Centro de Estudos Rioterra em cooperação com a Ação Ecológica Guaporé – Ecoporé e Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia, em parceria com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – Sedam e apoio financeiro do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES através do Fundo Amazônia.

Fonte: Malu Calixto


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