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China tem 17 mortes provocadas pelo coronavírus; já são mais de 440 casos
Subiu para 17 o número de mortes provocadas pelo coronavírus, que já infectou 444 pessoas na província de Hubei, na China, segundo balanço divulgado pela TV estatal, citando autoridades locais. Foi na capital de Hubei, Wuhan, megalópole de 11 milhões de habitantes, em que foram registrados os primeiros casos de contaminação.
Casos já foram registrados em Macau, na costa sul chinesa, e em vários outros países. Além da China, Estados Unidos, Japão, Tailândia, Taiwan e Coreia do Sul já foram afetados pelo vírus, que provoca um tipo de pneumonia. Há casos suspeitos no México, em Hong Kong, nas Filipinas e na Austrália.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) se reúne nesta quarta em Genebra, na Suíça, e pode decretar “emergência de saúde pública de interesse internacional”.
Até o momento, a OMS usou essa denominação apenas em casos raros de epidemias que exigem uma vigorosa resposta internacional, como a gripe suína H1N1 (2009), o zika vírus ( 2016) e a febre ebola, que devastou parte da população da África Ocidental de 2014 a 2016 e atinge a República democrática do Congo desde 2018.
Apelo para não viajar
Viajantes aguardam trens na estação de Hangzhou East, em Hangzhou, no leste da China, nesta quarta-feira (22) — Foto: Chinatopix via AP
Autoridades fizeram apelos para que as pessoas não viagem para a cidade de Wuhan. Milhões de chineses, por todo o país, costumam se deslocar por causa do feriado do Ano Novo Lunar, que acontece nesse semana. Mesmo os que moram fora do país costumam regressar nessa ocasião.
“Basicamente, não vá a Wuhan. E quem estiver em Wuhan não deixe a cidade”, declarou o diretor da Comissão Nacional de Saúde da China, Li Bin. Ele também alertou que o coronavírus pode sofrer mutação e se propagar mais rapidamente.
A comissão anunciou medidas para conter a doença como a desinfecção e a ventilação de aeroportos, estações de trem e shoppings.
“Quando for necessário, os controles de temperatura também serão adotados em áreas-chaves e locais muito frequentados”, informou a comissão.
Aeroportos na Turquia, na Rússia, nos Estados Unidos e na Austrália estão utilizando monitores infravermelhos para identificar possíveis casos da doença. O aeroporto de Heathrow, em Londres, separou um terminal só para os viajantes que chegam de regiões já afetadas pelo vírus.
Passageiros usam máscaras para evitar a contaminação pelo coronavírus em estação ferroviária de alta velocidade, em Hong Kong, nesta quarta-feira (22) — Foto: Kin Cheung/AP
1º caso nos EUA
De acordo com a imprensa americana, um viajante da China foi diagnosticado após desembarcar em Seattle, cidade dos EUA no estado de Washington, no último dia 15. A identidade dele está sendo preservada pelas autoridades de saúde do país, mas o Hora 1 informou que a vítima tem cerca de 30 anos, é um homem e está sendo mantido isolado em um hospital.
Sintomas e transmissão
Chamado de 2019-nCoV, o coronavírus causa febre, tosse, falta de ar e dificuldade em respirar. É um tipo de pneumonia que é transmitida de pessoa para pessoa.
Parece ser uma nova cepa de um coronavírus que não havia sido previamente identificado em humanos — coronavírus são uma ampla família de vírus, mas poucos deles são capazes de infectar pessoas.
O período de incubação e a origem do vírus ainda não foram identificados. Porém, a fonte primária é provavelmente um animal, de acordo com a OMS. As autoridades chinesas vincularam o surto a um mercado de frutos do mar na cidade chinesa de Wuhan, onde os primeiros casos foram registrados.
Pelo menos 15 trabalhadores da área da saúde, que teriam tido contato com os doentes, também foram infectados.
Surto
Os novos casos trouxeram de volta os registros da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), outro tipo de coronavírus que surgiu na China nos anos de 2002 e 2003, resultando na morte de quase 800 pessoas em uma pandemia global.
Dois casos já foram identificados na Tailândia, um no Japão e um na Coreia do Sul.
Taiwan, ilha autogovernada que a China reivindica como sua, também confirmou uma infecção pelo vírus, uma mulher que retornou de trabalho em Wuhan.
Os casos suspeitos estão México, em Hong Kong, nas Filipinas e na Austrália.
O presidente mexicano, Andrés Manuel Lopez Obrador, disse nesta quarta-feira que as autoridades investigam uma suspeita no estado de Tamaulipas, na fronteira norte. Ele afirmou que um segundo caso já foi descartado.
Na Austrália, um homem que viajou a Wuhan está passando por exames em local isolado.
Fonte: G1
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