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Ciência

Uma das luas de Saturno está disparando neve nas luas vizinhas

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Uma das luas de Saturno está jogando “bolas de neve” nas suas vizinhas. Encélado, o sexto maior satélite natural do planeta, foi flagrado bombeando água para a órbita de Saturno e cobrindo as luas vizinhas com gelo e neve. Como resultado, as luas tiveram um grande aumento no reflexo da luz e emitiram um brilho inesperado.

A equipe de pesquisadores, liderada pela cientista Alice Le Gall, analisou dados de 60 observações das luas interiores de Saturno — Mimas, Encélado e Tétis — feitas pela sonda Cassini, e encontraram um brilho incomum nesses objetos. De acordo com a equipe, esse aumento de brilho é provavelmente causado pelo “canhão de neve” de Encélado.

De acordo com o comunicado dos pesquisadores, esse canhão seria o conjunto de gêiseres que foram descobertos na superfície da lua, capazes de jorrar vapor de água e água em estado líquido, supostamente proveniente do oceano que parece existir por baixo da superfície. Mas o que acontece com esse material depois que é expelido? Bem, de acordo com o resultado do estudo, ele se transforma em neve.

Representação artística dos gêiseres de Encélado (Imagem: NASA)Representação artística dos gêiseres de Encélado (Imagem: NASA)

Acontece que esses gêiseres lançam material na órbita de Saturno, e eles caem de novo em Encélado, e também em Mimas e Tétis. Ao voltar para Encélado, tudo permanece como partículas de água-gelo, mas, ao cair em Mimas e Tétis, o material é transformado em neve. Uma vez que essas luas são cobertas de gelo e neve, elas se tornam mais reflexivas e mais brilhantes. E, segundo Le Gall, não se trata de apenas uma fina camada de revestimento, “mas uma camada muito mais espessa de gelo de água”.

Esse fenômeno, no entanto, não explica sozinho o brilho encontrado nas luas de Saturno. Os pesquisadores acreditam que também devem existir estruturas reflexivas enterradas pela neve sob as superfícies dos três satélites naturais. Além de refletir a luz, essas estruturas refletiriam sinais para os sensores astronômicos. “As ondas de radar podem penetrar no gelo transparente até [alguns] metros e, portanto, têm mais chances de ricochetear nas estruturas enterradas”, disse Le Gall. Ela assume que as sub-superfícies contém “estruturas retrorrefletoras de alta eficiência”.

Mas o que são, afinal, essas estruturas? Do que são feitas? Bem, isso ainda é um mistério. Os membros da equipe por trás dessa pesquisa desenvolveram modelos que serão usados para tentar explicar essas “estruturas de bumerangue”, então devemos ainda aguardar. “Até agora, não temos uma resposta definitiva”, disse Le Gall. No entanto, a expectativa da equipe é compreender como esses brilhos acontecem, para que então possam saber mais sobre a evolução dessas luas e sua interação com o ambiente de anéis de Saturno. “Esse trabalho também pode ser útil para futuras missões pousarem nas luas”, conclui Le Gall.

Fonte: Space.com


DRT: 1908 /RO

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