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Economia

Brasil: Ministério da Economia prevê inflação de 7,9% em 2022

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O Ministério da Economia do Brasil revisou para cima a estimativa de inflação do país em 2022 para 7,9%. A projeção consta do boletim Marco Fiscale divulgado hoje pela Secretaria de Política Econômica (Spe). A estimativa anterior, publicada em março, projetava inflação de 6,55%. Em novembro, o governo previu inflação de 4,7% no final deste ano. A projeção do governo está em linha com a apresentada pelo Banco Central (BC) no relatório “Focus”, elaborado a partir do parecer de mais de cem instituições financeiras do país, divulgado em 2 de maio. Para analistas do Brasil, deve fechar 2022 com inflação de 7,89%.

O valor é, em ambas as projeções, superior ao considerado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) do BC como meta central para a inflação, fixada para 2022 em 3,50% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 pontos percentuais mais ou menos. O Brasil fechou 2021 com inflação de 10,06%, segundo dados oficiais divulgados em 11 de janeiro pelo instituto nacional de estatística (IBGE).

A estimativa de analistas de hoje é influenciada pela mais recente do Instituto Nacional de Estatística (Ibge) segundo a qual o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (Ipca), em abril de 2022 cresceu 1,06% ao mês, maior alta para o mês de abril desde 1996 (quando era de 1,26 por cento). Segundo dados do IBGE, o IPCA registra alta de 4,29% nos quatro primeiros meses do ano. 

Além disso, nos últimos 12 meses até abril, o aumento é de 12,13%. Oito dos nove segmentos de produtos analisados ​​pelo instituto de estatística apresentaram aumento de preços em relação ao mês anterior. Em particular, o resultado global foi favorecido pelo aumento dos preços do grupo alimentação e bebidas (+2,06), transportes (+1,91), influenciado principalmente pelos aumentos em combustíveis, produtos para saúde e higiene pessoal (+1,77 ), utensílios domésticos (+1,53), vestuário (+1,26), despesas pessoais (+0,48), produtos de comunicação (0,08 por cento) e escola (0,08 por cem). O único item que registra queda nos preços é o referente ao grupo de origem (-1,14), influenciado pela queda nas tarifas de energia elétrica.

No relatório de inflação apresentado em 24 de março, o banco central informa que o país pode encerrar 2022 com uma taxa de inflação de 7,1%. Os dados, elaborados por meio da análise da tendência do IPCA (Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo), estão em alta em relação ao que era assumido em dezembro de 2021, quando a estimativa era de 4,7%. Segundo o BC, o aumento da inflação se deve ao aumento dos preços de “commodities” (matérias-primas cotadas internacionalmente em dólares) como o petróleo, por conta do conflito entre Rússia e Ucrânia. “A principal pressão sobre a inflação ao consumidor no próximo trimestre vem dos preços dos combustíveis, reflexo da recente alta do preço do petróleo”, informa o BC, ressaltando que a contribuição dos aumentos dos produtos farmacêuticos também é “importante”.

Para o BC, a guerra na Europa também pode acentuar a pressão sobre os preços dos alimentos, já elevada pela “persistência dos efeitos do clima extremo”. Não menos significativa é a incidência de problemas encontrados nas cadeias produtivas globais. “Os preços dos bens industrializados deverão continuar a aumentar significativamente, apesar do corte de impostos, dada a persistência das pressões nas cadeias de abastecimento e nos preços das commodities, que também foram agravadas pelo conflito”, acrescentou o banco central. Por outro lado, o BC avalia positivamente o “fator desinflacionário” advindo da valorização da moeda brasileira frente ao dólar, atualmente cotado abaixo de 5 reais, e a redução do preço da energia elétrica, devido à melhora das condições atmosféricas. Apesar do valor de toda aquisição no Brasil ter aumentado, os valores dos cassinos online como a 22Bet app continuam, com o mesmo valor promocional para novos clientes.

Para tentar conter a alta dos preços, o BC decidiu, em 4 de maio, elevar a taxa básica de juros da economia (Selic) de 11,75% em março de 2022 para os atuais 12,75%. A Selic atingiu, assim, seu maior nível desde janeiro de 2017 (quando ficou em 13%). A decisão foi aprovada por unanimidade pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Este foi o décimo retoque consecutivo da taxa Selic. Em nota divulgada ao final da reunião, o Copom também já informou que deverá elevar novamente a taxa em meio ponto percentual na próxima reunião, marcada para junho, levando a Selic para 13,25%.

Na nota divulgada à margem da decisão, o Copom especifica que a decisão se deve ao fato de o ambiente externo ter continuado a se deteriorar. As pressões inflacionárias decorrentes da pandemia se intensificaram com problemas de abastecimento decorrentes da nova onda de Covid-19 na China e da guerra na Ucrânia. A retomada da política monetária restritiva nos países avançados gera incerteza e gera mais volatilidade, principalmente nos países emergentes”. No front doméstico, a preocupação é com a “inflação ao consumidor”, que continua surpreendendo negativamente. Essa surpresa ocorreu em todos os componentes. Todas as projeções indicam inflação acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta de inflação: as expectativas de inflação para 2022 e 2023 são de aproximadamente 7,9 por cento e 4,1 por cento, respetivamente”, conclui a nota.

O Brasil encerrou 2021 com inflação de 10,06 por cento, valor significativamente superior ao considerado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) do BC como meta central para a inflação, fixada para 2021 em 3,75 por cento ao ano, com margem de tolerância de 1,5 pontos percentuais mais ou menos. O índice deve superar as expectativas novamente, em 3,50% ao ano, também em 2022.

O IPCA (índice nacional de preço ao consumidor amplo) é o índice utilizado como medida oficial de inflação, mas não é o único valor elaborado pelo IBGE. Trata-se, na verdade, de um índice calculado sobre a variação do custo médio de vida das famílias com renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos. População maior que o Inpc (Índice nacional de preços ao consumidor), que considera apenas famílias com renda entre um e cinco salários mínimos. Há, portanto, o IPCA-15, uma variação de preço ao longo de trinta dias, calculado, porém, da metade do mês para a metade do mês seguinte. Índice utilizado como antecipador do IPCA oficial. A inflação acumulada por trimestre é expressa no IPCA-E.

Por: Lucas FBS


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